segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Pesquisa: CEOs não entendem a área de RH


A consultoria Affero-Lab organizou uma pesquisa com 50 CEOs de grandes empresas do setor industrial do País e veio um resultado que talvez não seja muito uma novidade, mas tenho uma leitura diferente sobre alguns aspectos, que quero trazer aqui.

Se olharmos os números na tabela abaixo, percebe-se que quase 23% dos CEOs participantes não apresentam uma satisfação com a área de Treinamento e Desenvolvimento de suas empresas, enquanto outros 56,3% dizem não estar nem satisfeitos e ao mesmo tempo também não estão insatisfeitos com a área.

E o que achei mais interessante, é que ao menos, 73% acreditam que as ações de treinamento e desenvolvimento são importantes.

Mas o ponto que quero trazer aqui, é um pouco diferente.

Conversando sobre esse assunto com alguns colegas e algumas impressões minhas e dos mesmos, o que mais percebemos é que por mais que a grande maioria dos CEOs achem que as ações de treinamento e desenvolvimento sejam importantes, não consigo ainda acreditar de fato que isso seja verdade.

Me explico.


Minha percepção é que o foco das pessoas que estão nesse nível da organização é sempre os resultados financeiros, os acionistas, as cobranças que seus chefes globais fazem e quando não possuem um gestor de RH que realmente suporte a organização de maneira efetiva e faça da área uma importante aliada da organização, todos os processos ficam esquecidos - seja um simples cumprimento de prazo em fazer uma avaliação de performance, com um bom feedback e um efetivo plano de desenvolvimento, ou seja, em realmente fazer uma política onde exija que os treinamentos tenham participações ativas dos talentos da empresa.

Diante disso, os CEOs precisam de fato levar a sério quando contratam ou promovem pessoas para a função de Diretor de RH. 

Ter um gestor de RH ruim pode ser um grande tiro no pé e fazer a organização andar para trás e ao mesmo tempo, ter um gestor bom, servirá como um grande conselheiro e claro um ótimo coach, ajudando o CEO a tomar decisões adequadas sobre as pessoas e principalmente sobre os processos.

CEOs não podem esquecer que deixar de fazer qualquer processo no ciclo de gestão (feedback adequado, discussão de metas, etc), abre um grande caminho para que seus diretores, apliquem o mesmo exemplo - o que acaba tornando um grande dominó pela organização toda.

Para mim, o resumo disso tudo é um só - Walk the talk (fazer o que se fala) - o mais poderoso de todos os processos.

Seja você CEO ou não - Pense nisso!

Um abraço e até a próxima...




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