E hoje, 08 de Julho se torna um dia histórico para o país do futebol. Com uma derrota vergonhosa o Brasil mostrou ainda mais o tamanho de sua incompetência, não somente nos gramados, mas também nos bastidores.
Tudo começou assim...
Quem joga futebol tem pressão, e os jogadores têm que saber isso. Tem que trabalhar nesse aspecto. Se não quer pressão, vai trabalhar no Banco do Brasil, senta no escritório e não faz nada, aí não tem pressão nenhuma - disparou Felipão em sua primeira coletiva ao assumir novamente a seleção para a Copa de 2014.
E para não chover no molhado e escrever um pouco mais sobre o ocorrido dessa tarde, resolvi postar na íntegra o texto do jornalista Mauro Cezar Pereira, que para mim resumiu muito bem o líder da seleção brasileira, que em conjunto com uma péssima manobra de gestão culminou no que todos viram hoje - O VEXAME.
Só quero acrescentar um ponto que para mim também foi outro grande ponto que culminou no fracasso: Muitas vezes Felipão ao ser questionado sobre a escolha de alguns jogadores que foram selecionados mesmo não vindo desempenhando um bom futebol em seus clubes antes da Copa, deu a seguinte resposta: EU CONFIO.
Outra lição - Apenas confiança não ganha jogo professor! E como diria o sábio Tite - Fala Muito! Fala Muito
O restante, está super bem escrito pelo Mauro, vale super a pena a leitura!
Um abraço e até a próxima...
Luiz Felipe Scolari é um técnico obsoleto. Não é novidade, mas quando este blogueiro disse isso, após a vitória nos pênaltis sobre o Chile — clique aqui e confira —, muitos concordaram e outros tantos preferiram atacar, agredir, ofender. Seguidores cegos como os de uma seita qualquer. Incapazes de ver o que está diante dos próprios olhos. Não, naquela ocasião não disse nada de especial.
Era uma mera e óbvia constatação diante dos seus fracos trabalhos no Chelsea, de onde foi demitido, e no Palmeiras, cujo rebaixamento deixou encaminhado quando perdeu o emprego. E na seleção, onde seus equívocos foram inúmeros e não haveria cortina-de-fumaça capaz de escondê-los para sempre. Como a balela de que jogadores de caráter são emocionalmente fracos, que empurrou para segundo plano o trabalho ruim feito no dia-a-dia, que ficava mais evidente nos jogos.
O maior problema jamais foi emocional, e sim técnico e tático. Isso só não era evidente para quem não queria ver ou preferia proteger o treinador. Como se fossse possível fazê-lo. O time frágil, sem estrutura, sem padrão, sem nada! Vivendo da falsa glória denominada Copa das Confederações, que o Brasil também ganhou antes das Copas de 2006 e 2010, quando sequer chegou às semifinais.
Desta vez a seleção cebeefiana avançou, está entre as quatro melhores, mas talvez fosse melhor nem ir tão longe. A Alemanha humilhou os brasileiros. Uma derrota que lembra a final da Copa de 1998, quando os franceses pararam nos 3 a 0 graças à incompetência dos pífios atacantes que atendiam pelos nomes de Guivarc'h e Dugarry. O problema vivido por Ronaldo ainda é utilizado por alguns para maquiar a verdade daquele massacre nas imediações de Paris. Foi perdida uma chance de mudar.
No Mineirão vimos um novo choque de realidade, como o massacre do Barcelona sobre o Santos. Um time técnico, bem treinado, entrosado diante de um adversário mal escalado, que cedeu os espaços desejados pelos alemães. A forma como o técnico da CBF colocou seu time em campo evidenciou desconhecimento do futebol atual, do adversário, falta de estratégia, de treinamento, de tudo.
Como ocorreu com Muricy Ramalho nos 4 a 0 do Barça sobre os santistas na final do Mundial da Fifa, em 2011. "Professores" supervalorizados como Scolari precisam ser questionados, como os cartolas que os contratam. Marín e Del Nero chamaram Felipão para atuar como escudo, contando com seu enorme e inegável carisma. O homem errado, no lugar errado, na hora errada. Treinador e dirigentes são sócios no desastre.
Em campo Neymar e Thiago Silva poderiam diminuir a humilhação, não evitar a derrota. Mas esses 7 a 1 podem trazer algo de bom. Primeiro porque temos a chance de banir essa forma tosca e ultrapassada de jogar, apoiada em desgastados discursos sobre motivação e outras muletas que já não bastam para manter um time de pé. Isso não é o bastante, mesmo com ótimos jogadores que o país revela.
Luiz Felipe Scolari disse antes do duelo com a Colômbia pelas quartas-de-final: "Gostou, gostou. Se não gostou, vai para o inferno". Foi para onde ele mandou o hexa que, ao contrário do que sinalizava a frase no ônibus que transporta os atletas, não está chegando. Sim, a Alemanha exorcizou o futebol brasileiro, cabe a cada um de nós fazer o possível para que eles não voltem mais.
Frases da Copa para não esquecer:
"A CBF é um exemplo para o Brasil. É o Brasil que deu certo, que dá certo", Carlos Alberto Parreira, antes do Mundial
"É só olhar o time que nós temos. Temos a zaga mais cara do mundo. Temos jogadores experientes, com qualidade, respeitados no futebol internacional, jogando em casa. Somos favoritos, sim", Parreira, na primeira entrevista coletiva
"Aquelas declarações do Parreira foram espetaculares", Luiz Felipe Scolari, sobre o favoritismo atribuído pelo colega de CBF, mais de um mês depois
"Gostou, gostou. Se não gostou, vai para o inferno", Scolari, depois do jogo com o Chile
"Eu fiz aquilo que eu acho que é o mais correto e o melhor", Scolari, na coletiva após os 7 a 1"
Fonte: ESPN
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