sábado, 12 de abril de 2014

Larga de ser Burra! diz o chefe... O que fazer?


O Brasil está quase na véspera de sediar uma Copa do Mundo e ao mesmo tempo vivendo o momento  de decisões em seu segundo esporte mais popular, o Voleibol. 

E em uma das semi finais de vôlei,  entre Unilever x Amil, respectivamente comandadas por Bernardinho e José Roberto, tivemos uma aula de liderança de um técnico que já ganhou 3 vezes a medalha de ouro em Olimpíadas e atual técnico da seleção feminina de voleibol - José Roberto Guimarães.

Mas foi uma aula daquelas que ninguém pode repetir.

Estando em rede nacional ou não, o técnico simplesmente soltou um berro para sua levantadora Claudinha - LARGA DE SER BURRA! Logicamente o máximo que ela pôde fazer naquele momento, foi se virar e sair da frente do mesmo. 

Em um dia que o treinador que tem fama de tranquilo estava jogando contra seu desafeto Bernardinho - com fama de brigão - parece que inverteu os papéis. 

Por mais que seja um jogo de voleibol, as emoções estão a flor da pele, o treinador passou dos limites e agiu com completa ignorância.

Quero deixar claro que não sou e não faço parte dos Direitos Humanos e tão pouco estou aqui para defender a atleta, mas acho que é um excelente exemplo para trazer para você  que sofre isso com certa frequência no trabalho e tem dúvidas sobre o que é assédio moral e o que pode fazer. 

O que é Assédio Moral?

É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e acéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.


O caso que estou relatando aqui, foi algo pontual, e não sabemos se isso acontece no dia a dia com a atleta, mas independente, o treinador e a atleta são funcionários de uma empresa e o técnico faltou completamente com respeito.

A propósito, ele era o responsável pelas decisões e se ela não estava fazendo o trabalho da forma com que ele estava pedindo, ele deveria substituí-la e colocá-la no banco de reservas.


Levando isso de novo para dentro de nossas organizações, todas as pesquisas mostram que o mais comum é que as pessoas não deixam as empresas e sim os seus chefes. Reações assim como a do treinador, infelizmente são muito comuns no dia a dia das empresas e acabam afetando inclusive a estima de muitas pessoas.

Que esse mal exemplo ocorrido em rede nacional, na principal televisão do país, seja importante para abrir a cabeça dos líderes e que os mesmos possam entender que reações imbecis como essa não vão fazer com que seus liderados aumentem a produção e tragam mais resultados. Pelo contrário, trará raiva, desmotivação e muita angústia.

Ah, você tem dúvida disso? 

O resultado da partida já foi um reflexo, o time da Amil saiu derrotado e mais, a repercussão negativa em cima do José Roberto Guimarães, simplesmente está rodando todas as mídias. Acho que isso tudo já falam por si só, não?

E se isso acontece com você, procure o RH de sua empresa e informe o que está ocorrendo. Você pode também processar a empresa e o gestor(a) que estiver fazendo esse tipo de coisa com você. Não se cale! Ter testemunhas ajuda e muito nesses casos.

O esporte sempre teve muito a nos ensinar, e mais uma vez foi prova disso!

Um abraço e até a próxima...

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